Cidadãos de Alcântara esperam que Parlamento impeça desnivelamento da linha ferroviária

 

Lisboa, 08 set (Lusa) – O grupo de cidadãos de Alcântara que contesta o desnivelamento da linha ferroviária saiu hoje satisfeito da reunião com a comissão parlamentar de Economia e espera que o Parlamento possa adotar medidas para que a obra não avance.

“Todos os partidos, à exceção do PS, com quem ainda não tínhamos reunido mas cujo deputado disse que iria estudar melhor as nossas posições, subscreveram as nossas preocupações, manifestaram compreensão pelas nossas pretensões e incompreensão pela pretensão da Refer de fazer este desnivelamento”, contou à Lusa Vítor Sarmento, porta-voz do grupo de cidadãos que desde o início do mês está a reunir assinaturas numa petição.

O responsável disse ainda que os moradores ficaram com “expetativas positivas para o futuro” e acrescentou: “Ficámos com a ideia de que o Parlamento pode vir a tomar algumas medidas junto da Refer para que esta obra seja desconsiderada e que possa haver uma solução alternativa”.

O grupo de cidadãos quer que “sejam estudadas outras soluções, mais baratas, mais simples e melhores para quem trabalha e vive em Alcântara” e durante o período de discussão pública do Plano de Urbanização de Alcântara apresentou uma contraproposta ao projeto com um comboio ligeiro nas linhas de Cascais e de Cintura.

“Queremos progresso em Alcântara. São precisas soluções rodo e ferroviárias para todo o Vale de Alcântara, mas soluções compatíveis com o património, com o que é a possibilidade dos gastos públicos atualmente”, sublinhou Vítor Sarmento, realçando que o custo da obra da Refer está estimado em 1.000 milhões de euros.

Vítor Sarmento disse ainda que alguns técnicos da empresa já estão junto à urbanização Alcântara Rio a “fazer perfurações preliminares enquadradas na obra de desnivelamento da linha ferroviária”.

“A comissão pareceu não saber disto e ficou desde já informada. Já estão a gastar dinheiro e ainda não há decisões claras sobre esta matéria”, acrescentou.

Estes munícipes estimam que as obras da Refer deverão demorar entre sete a 10 anos, período que consideram poder ser fatal para o comércio local.

“Estimamos que o comércio local vá todo à vida. Não há capacidade do pequeno comércio sobreviver aos anos que a obra vai demorar”, realçou.

O grupo de cidadãos tem ainda pedidas audiências com o secretário de Estado dos Transportes e com o secretário de Estado adjunto da Economia, “para que se possa resfriar esta animosidade despesista da Refer”, disse.

SO

Lusa/fim

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